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Segundo Lewin o canal Cognitivo é o do aprendizado racional,
obtido por meio de informações e dados. O canal da Conduta envolve a prática.
Valores abarca o nível emocional, o envolvimento, bem como a descoberta e
renovação de nossas crenças e paradigmas. A porta de entrada para este último
canal é a dinâmica de grupos.
Para Lewin, não importa onde o aprendizado inicia, e é mais interessante que ele
comece onde houver mais receptividade.
Por outro lado, ao se analisar as dinâmicas sob a ótica do americano David Kolb
? criador da Teoria da Aprendizagem Experimental , o processo de aprendizado se
realiza em quatro etapas (Vivência, Observação, Conceituação e Experimentação),
percebe-se que as dinâmicas também propiciam Vivências, só que metafóricas.
As dinâmicas sempre oferecem um cenário externo às tarefas corriqueiras dos
participantes. O descompromisso com a tarefa faz com o que o participante
dedique mais atenção ao processo, daí o aumento das chances de aprendizado. Mas
é importante que a Observação e a Conceituação também se realizem ? e de
preferência imediatamente após a dinâmica, caso contrário o aprendizado gerado
pela vivência pode evaporar.
As dinâmicas oferecem outras vantagens, como a integração sócio-afetiva. Criar,
divertir-se e descobrir em grupo acaba por gerar uma maior abertura para as
trocas vindouras.
Mas nem tudo são flores quando se fala em dinâmicas: é preciso saber aplicá-las
e, sobretudo é preciso considerar o perfil do grupo com o qual se está atuando:
Qual é a cultura da empresa? Ela é receptiva ou não a dinâmicas? Qual o grau de
exposição que as pessoas estão acostumadas? Nenhuma das condições nos obriga a
eliminar as dinâmicas, mas sim a usá-las de formas diferentes. Por exemplo, é
possível solicitar aos participantes que compartilhem seus insights com o grupo
todo (o que envolve muita exposição), em subgrupos, em duplas ou que os escreva
individualmente (o que diminui a exposição gradativamente).
Mas vamos ao aspecto mis importante: dinâmicas são prazerosas. E como é mais
fácil obter dedicação daquilo que dá prazer, gera resultados.
Gysela Kassoy
Especialista em Criatividade e Inovação, realiza trabalhos de
Consultoria, Seminários, Palestras e atua como Facilitadora de Dinâmicas e de
Equipes de Geração de Idéias.
Graduada em Comunicações pela FAAP/SP e Mestranda na ECA/USP, sua formação
específica inclui especialização em Metodologia do Ensino da Criatividade na
Creative Education Foundation da Universidade de Nova York em Buffalo, formação
como docente do Pensamento Lateral com o Prof. Edward de Bono no Management
Center Europe, na Bélgica e formação como Facilitadora de Grupos de Geração de
Idéias e em Liderança Criativa no Center for Creative Leadership na Carolina do
Norte.
É Psicodramatista com formações em Dinâmica de Grupos na PUC/SP e na Sociedade
Brasileira de Dinâmica de Grupos e em Gestão da Inovação na FGV/SP.